domingo, 14 de setembro de 2008

Enquanto o mundo explode aqui perto, na Bolívia, é fácil a solução: Cantemos!

Então, pensando na riqueza do classicismo, que tal uma brincadeira?
O desafio é traduzir o soneto, sendo que para isto, carece de compreender a sintaxe e as referências; o que, no fundo, é a mesma coisa.

Quem traduz o soneto de Camões?

Enquanto Febo os montes acendia
do Céu com luminosa claridade,
por evitar do ócio a castidade
na caça o tempo Délia despendia.

Vénus, que então de furto descendia,
por cativar de Anquises a vontade,
vendo Diana em tanta honestidade,
quase zombando dela, lhe dizia:

-Tu vás com tuas redes na espessura
os fugitivos cervos enredando,
mas as minhas enredam o sentido.

—Melhor é (respondia a deusa pura)
nas redes leves cervos ir tomando
que tomar-te a ti nelas teu marido.

O poema é um tanto quanto agressivo. Típica estrutura que envolve a relação Ártemis/Afrodite. Há já a relação santa/puta sociabilizada pela igreja.
A finalização é longa, própria do esquema abba abba cde cde.
Parece briga de crianças. Em meio a essas brigas, muitas tragédias se iniciam.
Anquises é o pai de Enéas,
de quem, a mãe é Afrodite.
Anquises era filho de Capis com Temiste ou com Ierômne.
Temiste era filha de Ilo, que por sua vez, era filho de Tros. Estes personagens são os fundadores de Tróia.
Ierômne era uma naiade, filha do Deus rio Simois, que se une ao Escamandro na planície de Tróia.

Pergunta: Que tem Anquises a ver com Ártemis?

Ps. Não é linda a Ártemis bonequinha? Parece com a Salma Hayec.

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