quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Se pensar sentindo
Há anos atrás, lendo um livro chamado "Nova Consciência" do jornalista Luis Carlos Maciel, livro este há muito fora de catálogo, deparei-me com isto:
"O obscurimento do mundo não atinge nunca a luz do ser. Nós chegamos demasiado tarde para os deuses e demasiado cedo para o Ser;
deste, homens e mulheres são poemas começados."
"Dirigir-se para uma estrela, apenas isto. Pensar é a limitação a um pensamento que em algum tempo, como uma estrela no céu do mundo, permanece fixo."
Martin Heidegger
In (Sobre a Experiência do Pensar)
Resolvi, onde há o itálico, mudar a frase. No original: (o homem é poema começado).
Cá com meus botões, ainda que não fosse o que queria o Heidegger, essa estrela não é nada mais que o coração. Não gosto ou simplesmente não tenho competência para entender filosofia. Não tenho saco, para ser direto e vulgar. Mas, não se pode pensar sem se sentir ao mesmo tempo. Pelo menos para mim. Então, essa estrela, essa metáfora, é o correspondente sensível do pensamento. Mais uma vez esses pares da dualidade... Aí, se é preciso tomar cuidado para não privilegiar o pensamento. Era necessário criar-se um conceito para isso: pesentir, o pesentimento (não confundir com presentimento pois não tem nada a ver), ou mesmo, quem sabe, buscar lá nos radicais gregos ou latinos.
Ou talvez, como as duas fórmulas se encontravam lado a lado no livro, cada uma sozinha em uma página, seja apenas o Ser (humano?).
O Ser é se pensar sentindo?
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