sábado, 16 de agosto de 2008
A bela Safo
Outra tradução que faço
da divina Safo.
O grego não rima a poesia. O jogo se faz pelas sílabas longas e breves, que não fazem sentido em português. Daí me permiti rimar os versos.
O título também é meu, já que o original só traz o número 2 do fragmento.
As mulheres entendem perfeitamente.
Ode a uma donzela
Parece a mim que semelhante aos Deuses
é aquele homem que ante ti se senta
e perto então de ti a tudo atenta
no quanto dizes
e em tua graça. E tal que se desnuda
o coração que me estremece ao peito,
pois o instante em ver de ti tal jeito
quedou-me muda.
Se finda enfim calou-me a língua ao fundo,
já um grácil fogo à pele irrompe e a(s)cende,
e os olhos turvos, sons que não se entende:
tudo confundo.
Ah! o suor escorre e é também fremente
o corpo todo; e a palidez me toma
[e tal à seca relva a morte assoma],
de tão carente.
E [inda pobre], corajosa em tudo.
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Obrigada pelos comentários no meu blog, só hoje que eu vi, pois o Askimet tinha marcado como Spam! (vai entender...)
ResponderExcluirSeu blog é muito legal, parabéns! =*