quarta-feira, 2 de julho de 2008

Uma revolução que não é pelas ondas do rádio


A foto é da quadrilha que houve lá na escola, semana passada.

Tenho visto nos jornais, aqui em BH, nas bancas de revista. Não os compro, vejo só as manchetes da capa. Folheio-os às vezes. Todos batem na tecla da volta da inflação. Um senhor ao lado, conversava com o jornaleiro, e percebi sua preocupação com a notícia. À noite, chegando à escola, folheei o jornal "O tempo" e estava lá, a mesma notícia, de que a inflação era uma grande ameaça ao país. A manchete chamava para os duzentos e tantos por cento de inflação durante o plano real. Ora, todos sabemos que houve e há inflação em todos esses anos. O plano real é de 1994, se não me engano. O que eles não mostravam, em trecho algum da reportagem, era o último índice medido de aumento dos preços. Quer dizer, coloca-se uma manchete com a palavra inflação e o valor medido nos últimos anos: 247%. Tem pai que é cego né. Me engana que eu gosto. Só que os bobos não são muitos. Eles, os mesmos bandidos de quinhentos anos, a elite branca segregacionista, que não entende e não aceita que os tempos, de alguma forma, mudaram. Há uma nova sensação. Não se acredita mais em uma realidade publicada. A realidade é, pelo menos, algo mais próximo; é a mercearia, a loja, ou o botequim da esquina. Muitos temem um golpe. Eu digo para esses: Não temam, não haverá golpe. A revolução é silenciosa.

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