sábado, 20 de dezembro de 2008

Soneto para um mar melancólico

A linha tênue da ilusão rompeu
o sonho que me percorreu, senti
que não errei em eleger a ti.
Oh, linda, tu, quimera, engano meu!

E o coração uma vez mais sofreu
a ausência de outro coração que aqui
junto do meu a vida ofereceu; pedi
a Deus o instante, a graça, o himeneu.

Mas quão inútil esperar que a vida
traga esse tempo de gozar, de canto,
a vida só me traz o fel e o pranto.

Inda esta vez a solidão, a estrela
de meu caminho é a esperança em vê-la
aqui, ali ou acolá, querida.

Ps. No quarto verso, da segunda estrofe, achei por bem trocar a palavra gineceu por himeneu. Gineceu é por demais negativa, eu acho. E além do mais, a segunda tem mais a ver com o poema. Não me incomoda alterá-lo, assim, depois de postado. Tudo está vivo.

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