sábado, 13 de junho de 2009

Fidel comenta discurso de Obama

Obama, no Cairo:

''Foi o Islã, em lugares como a Universidade de Al-Azhar, que transportou a tocha do aprendizado durante muitos séculos e preparou o caminho para o Renascimento e o Iluminismo na Europa.''
''... Qualquer ordem mundial que eleve uma nação ou grupo acima das demais inevitavelmente falhará.''
''... Nós rejeitamos a mesma coisa que as pessoas de todas as religiões: o assassinato de homens, mulheres e crianças inocentes''.
''Os estreitos laços dos EUA com Israel são bem conhecidos. Este vínculo é inquebrantável''.
''Por outro lado, também é inegável que o povo palestino, muçulmanos e cristãos, também sofreu na luta por uma pátria. Por mais de sessenta anos, sofreu a dor do deslocamento''.
''Muitos esperam em campos de refugiados, na Cisjordânia, Gaza e de terras vizinhas, por uma vida de paz e segurança que nunca tiveram.''
''... Não deve haver qualquer dúvida: a situação do povo palestino é intolerável. Os EUA não vão dar as costas às legítimas aspirações palestinas à dignidade, oportunidade e um Estado próprio. ''


Fidel, sobre o discurso de Obama:

A maior dificuldade do atual presidente é que os princípios que ele prega estão em contradição com a política seguida pela superpotência americana há quase sete décadas, desde que cessaram os últimos combates da 2ª Guerra Mundial, em agosto de 1945. Faço abstração neste momento das políticas expansionistas e agressivas implementadas face aos povos da América Latina e especialmente a Cuba quando os EUA ainda estavam longe de serem a mais poderosa nação do mundo.

Quando se analisa as guerras promovidas, apoiadas ou realizadas pelo EUA na China, Coreia, Vietnã, Laos, Camboja, entre os milhares que ali morreram muitos eram crianças, mulheres e anciãos.
Os EUA nunca se opuseram à conquista de territórios árabes por Israel, nem protestaram contra os métodos terroristas empregados contra os palestinos. Pelo contrário, criaram ali uma potência nuclear, das mais avançadas do mundo, em pleno coração do território árabe e muçulmano, fazendo do Oriente Médio um dos pontos mais perigosos do planeta.

E Fidel encerra:

Costumo observar com interesse as cerimónias históricas, políticas e religiosas.
O que ocorreu na Universidade de Al-Azhar parecia um quadro irreal. Mesmo o papa Bento XVI teria usado frases mais ecumênicas que Obama. Imaginei por um segundo o piedoso crente muçulmano, católico, cristão ou judeu, ou qualquer outra religião,, a ouvir o presidente no grande salão da Universidade de Al-Azhar. Em algum momento ele não saberia se estava em uma catedral católica, um templo cristão, uma mesquita ou uma sinagoga.
Obama partiu cedo para a Alemanha. Durante três dias visitou pontos de significado político. Participou e falou em todas as celebrações. Visitou museus e reuniu-se com a família, jantou em restaurantes famosos. Tem uma capacidade de trabalho impressionante. Vai levar algum tempo antes de se ver um caso igual.


Extraído do Vermelho .

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