domingo, 5 de abril de 2009

Píndaro

















Adquiri recentemente um livro, pela estante virtual, que se tornou desde então o mais velho livro de minha modesta biblioteca; chama-se "Odas de Píndaro". O livro é uma edição espanhola de 1909. Portanto, faz cem anos o danadinho e está em perfeitas condições.
Píndaro foi um poeta lírico grego nascido em 520 a.c. e contava uns 40 anos quando da invasão de Xerxes ao continente europeu. Era tebano, mas teve, em vida, um tal reconhecimento por seu talento com a poesia que os atenienses lhe erigiram uma estátua de bronze e os lacedemônios, quando saquearam Tebas, foi a casa de Píndaro a única respeitada. Também Alexandre, o grande, fez o mesmo mais tarde.
Entre os poetas helenos, é um dos quais a obra nos chegou mais completa: em torno de uma quarta parte que é constituída, basicamente, pelas Odes, que são cantos triunfais em homenagens às diferentes festas pan-helênicas ou jogos como ficaram mais conhecidas.
Divididas em quatro grandes festas: as Olímpicas, na Macedônia; as Píticas, em Delfos, na Fócida; as Nemeas, na Argólida e os Ístmicos, em Corinto.

Ainda estou lendo o livro, que deve ser lido aos poucos. Gostei muito destes versos, que iniciam a sexta nemeia:

Una es de los mortales y los Númenes
La estirpe original;
Una la madre de ambos; mas sepáranos
Fortuna desigual.
Polvo es el hombre: inmóvil en su asiento
De bronce, permanece el firmamento.

Una chispa nos queda (aunque disímiles)
De la Divinidad.
Índole celestial, grandioso el ánimo,
En el hombre admirad,
Si bien camina á tientas á la meta
A que el Hado llevar su pie decreta.


A tradução é de um bispo mexicano: D. Ignacio Montes de Oca.
Há uma tradução em português da Sexta Nemeia aqui.

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