domingo, 30 de março de 2008

Música clássica






















Sempre gostei de música clássica. Apesar das dificuldades que tivemos em nossa formação (eu e meus dois irmãos) devido ao relacionamento conturbado entre nossos pais, sempre houve uma boa dose de cultura lá em casa. De boa cultura, que se diga. E essa presença se manifestou quando eu ainda era bem criança, lá nos idos de 60, sentado no colo de meu Avô, de quem herdei o nome. Ele, apesar de nordestino pobre que era, sempre amou a música clássica. Minha mãe que o diga, recebeu o nome de uma das óperas de Bellini. E ficava ouvindo, no colo de Vovô, aqueles discos bolachões que ele os tinha vários. Assim, a despeito de uma vida material um tanto pobre, havia (e ainda há, graças a Deus) uma riqueza espiritual na forma de boa música e boa literatura. E não somente clássicos, tinha também a MPB, o Jazz americano e até a música francesa na voz de Piaff ou em valsas tocadas no acordeon, entre outras. E ainda havia as histórias contadas e cantadas por Vovó que nunca as esqueço: A menina dos brincos de ouro, O homem do surrão, A história da figueira ou o Tungujungo. Sem falar que Vovó ainda tocava o violão.
Então, foi uma boa educação a minha e sou eternamente grato a Vovô e a Vovó, que já estão há muito no céu, e a Mamãe com quem até hoje posso apreciar a boa arte. Por tudo isto, vou começar a fazer uns posts sobre a música clássica com links para vídeos, para baixar discos ou ler matérias e curiosidades.
E para começar vamos com Chopin. São três vídeos do youtube com intérpretes diferentes. Há uma variedade grande de opções, incluindo muitos artistas chineses (e isto é até um assunto interessante para se comentar) e escolhi o estudo op.10 nº 3, "tristesse", com um pianista de quem não consigo maiores informações, Damien Michel, mas achei bonita interpretação; o Nocturne #20 in C Sharp Minor com esta garotinha de apenas 9 anos, Hahnna Hua, impressionante e a Polonaise N°6 l'heroique com a Martha Argerich, pianista argentina consagrada. Neste último, observar o mergulho interior da pianista, na interpretação, que lhe aparece no semblante.

Chopin 1 Chopin 2 Chopin 3

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