segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O trovadorismo, as cantigas d'amor galego-portuguesas















Um pouco do trovadorismo galego-português, meados do século XIII.

Nuno Fernandez Torneol

Quando mi-agora for'e mi alongar
de vos, senhor, e non poder veer
esse vosso fremoso parecer,
quero-vus ora por Deus preguntar:
Senhor fremosa, que farei enton?
Dized' ay! coita do meu coraçon!

E dizede-me: en que vus fiz pesar,
por que mi-assi mandades ir morrer?
Ca me mandades ir alhur viver!
E pois m'eu for e me sen vos achar,
Senhor fremosa, que farei enton?
Dized' ay! coita do meu coraçon!

E non sei eu como possa morar
u non vir'vos, que me fez Deus querer
ben, por meu mal; por en quero saber:
e quando vus non vir, nen vus falar,
Senhor fremosa, que farei enton?
Dized' ay! coita do meu coraçon!

Coita, é o drama passional do trovador.
Senhor, forma de tratamento com que o trovador se dirigia à mulher, reminiscência do tratamento feudal dirigido ao suserano. Demonstra a posição de humildade do trovador em relação à dama.
U, onde.

O resto acho que dá para adivinhar e depois falo mais sobre isso.

Extraído de "A lírica trovadoresca, Sigismundo Spina"

3 comentários:

  1. Josaphat: um pesquisador. Bacana seu empenho.

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  2. Meu primeiro fã seguidor oficial...
    Muita honra...
    Gracias guapo...
    Beijinhos de Baunilha...
    Ando sem tempo para visitar os amigos virtuais...
    Aliás, quem tem tempo hj em dia?
    Inté...

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  3. Amigas, namastê!
    Ou, o deus que existe em mim saúda as deusas que existem em vós.

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