segunda-feira, 30 de junho de 2008

Roquenroll


















RIBEIRO JR., W.A. Dioniso e o tíaso. Portal Graecia Antiqua, São Carlos. Disponível em http://greciantiga.org//img/vfv/i013.asp. Data da consulta: 30.06.2008.

Me lembrei de uma música, que era a abertura de um programa chamado "O rock que a terra não esqueceu", e era apresentado pela rádio Terra FM, aqui em BH, em meados dos anos 80. Quem era maluco e curtia rock, lembra bem. O programa era feito pelo Adriano Falabella, o mesmo que faz, na TV Cultura, se não me engano, o "Enciclopédia do rock". Na verdade, nem sei se ele ainda existe, o programa. Vejo tv raramente. A música é "Coast to coast" do Scorpions. Do caralho!
Achei no youtube. Gravado no Rock in Rio, o legítimo, único e verdadeiro, o de 1985.
Bons tempos...
No vídeo, tendo consciência da situação, do que acontecia ali, naquele dia, naquela hora, a gente começa, com a mente, a viajar. Hehehe. Aquele mar de pessoas é como um mar mesmo, movimenta-se aos vagalhões; a câmera percebe. A banda, agitando-se os guitarristas como um pêndulo, em conjunto, me lembrou um coro grego. Um coro de sátiros louvando a Dioniso. As guitarras são os tirsos. As tarrachas, o desenho da pinha. As tietes, as mênades. E nós, o público?
O próprio Dioniso.
Na verdade, o deus é o mestre cerimônia. É ele quem organiza o movimento, orienta o carnaval, já dizia Caetano. O povo é como os seus cabelos se agitando, como seu mergulho no mar, fugindo da infindável perseguição.
O bacanal é a ascenção da natureza, do inconsciente, é quando pela música, perdem-se mais as palavras. A música é amiga do corpo, do movimento. Já então, o corpo manda, pois manda a música. Os egos aceitam melhor a aparição do desconhecido. O desconhecido é a mulher, o feminino. É a Musa.
As drogas, nesse caso, ajudam é claro, tem que ter o vinho.
Se não, não seria Dioniso.
Mas acho que estou entrando em um terreno que não entendo bem não.
Melhor parar por aqui. Fica Scorpions, "Coast to coast":

3 comentários:

  1. Vc está entendendo direitinho...
    é isso mesmo, as surubas sagradas estão de volta...
    Boêmia, aqui me tens de regresso...rs...
    Ah, e eu tbm era ouvinte terráquea... bons tempos aqueles...

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  2. Então vc conheceu o Estricnina, O outro lado da moeda, Os incapazes do nirvana e comeu torta de galinha na Casa de Irene...rs...
    Tempos difíceis,
    mas bons...

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  3. Na verdade quem apresentava também o Rock que a Terra não esqueceu era o Big Shao (nao sei se é assim qeu se escreve). Na época eu morava em Contagem MG e não perdia um programa. Bons tempos principalmente pra quem curtia metal na época. Era uma das poucas rádios que apoiavam.

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Provérbios gregos