sábado, 31 de janeiro de 2009
Atualizando
Fui obrigado a comprar um carro. Se eu ficar pegando, todos os dias, o sereno das seis e meia da manhã, de moto, vou ficar doente. São quase trinta quilômetros e não são as distâncias o atrativo de se ir a São Paulo.
Perdi o prazo para o curso de francês. Agora só no segundo semestre. Tudo bem, fico só com os eólicos da grega de Mitilene.
Aqui em casa a reforma praticamente acabou, restando apenas alguns acabamentos como a pintura das janelas que vou fazer nos fins de semana, aos poucos. Valeu a pena, a casa está bem mais habitável e agradável aos sentidos.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
A propósito de uma fotografia que não vou mostrar
Conheci uma judia uma vez. Uma bela de uma mulher, artista plástica, com um trabalho bonito e interessante. Convivemos por alguns dias em uma viagem a Tiradentes. Estávamos todos na casa de uma amigo em comum, artesão, que morava lá. A moça também era musicista e tocava um violão arretado. Pra encurtar, tinha todas as características que estamos acostumados a reconhecer nos judeus: Cultura, dinheiro, talento. Mas não me esqueço de uma frase dela, a propósito dos dois filhos rapazes que, ela mesma, mandou para Israel:
_Já pensaram, meus meninos, lá em Gaza, tomando pedradas daqueles palestinos horrorosos?!
O FSM e a mídia

Que beleza de fotografia!
Podemos continuar chamando esses jornalecos brasileiros de imprensa? O objetivo deles é informar ao público?
Creio que não. O objetivo de Globo, FSP, Estadão, Veja, Isto É, Estado de Minas, Zero Hora e muitos outros é fazer a cabeça do néscio, do tolo, do insensato que lê essas porcarias e acredita nelas.
"A mídia mercantil é um caso perdido para a compreensão do mundo contemporâneo. Não por acaso a crise atual a afeta diretamente. Não tardará para que comecem as quebras de empresa de jornalismo por aqui também. E eles serão vitimas da sua própria cegueira, aquela que lhes impede de ver os projetos do futuro da humanidade, que passeiam pelas veredas de Belém."
Leia mais.
Quando nasce um italiano
Nos meus sonhos de consumo de uma viagem à Europa a Itália está fora. Pelo menos a princípio. Quer dizer, excetuando-se a Sicília, não tenho interesse pelo resto. O engraçado que justamente a terra da máfia. Mas não, a Sicília interessa-me pelas ruínas helênicas, as mais bem preservadas da antiga Hélade.
Aliás, a Europa vale mesmo pelas suas ruínas e suas velharias. Adoro. Uma ruína é como um bom livro, desperta nossa imaginação. Fica-se ali pensando em tudo aquilo ainda vivo, com pessoas circulando ao redor, crianças correndo, declarações de amor, crimes, debates, revoluções.
Mas o mais louco não é imaginar aquele mundo desaparecido por debaixo de velhas pedras amontoadas. O mais louco é o mundo desaparecido debaixo de debaixo do que deixou suas marcas. Explico. Vamos pegar um só exemplo. Há muitos outros. Em Túnis, capital da Tunísia, há um bairro onde situa-se as poucas ruínas da antiga Cartago. Bem, em verdade, são as ruínas da Cartago Romana, aquela construída sobre a cidade arrasada por Cipião. A verdadeira Cartago, se podemos assim falar, está irremediavelmente desaparecida. O mais fascinante é a ausência completa de algo que, sabemos, um dia esteve ali. Ali é o espaço pleno da imaginação.
Comecei uma postagem para falar do problema diplomático com o governo italiano e acabei puxando a sardinha para os meus gostos pessoais. Não tenho nada contra o país Itália. E é claro que, podendo, visitá-lo-ei um dia. Mas não faz parte de meus sonhos de consumo, já disse.
E esse imbróglio todo do asilado italiano só serve para mostrar:
1- pela quinquagésima milionésima vez que os donos dos jornalecos tupiniquins não gostam do Brasil apesar de morarem aqui;
2- que, agora, quem manda no Brasil são os brasileiros e
3- que se se jogar o Berlusca na parede, bate, escorrega e sai correndo, como já do conhecimento do mundo mineral.
P.S. Mino Carta é italiano.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Fórum Social Mundial - Educação
"Se não buscarmos um novo tipo de civilização, se não fizermos uma coalizão de forças ao redor de alguns valores coletivos, poderemos ir ao encontro do pior. Precisamos criar as condições para que o planeta continue vivo, pois ele perdeu seu equilíbrio. Um dos desafios mais importantes da educação na civilização planetária é manter a humanidade unificada. Daí a importância de a educação suscitar continuamente essa consciência de que temos uma origem comum e também um destino comum"
Leia mais na Carta Maior.
Jornais e o quebra-galho do banheiro
Depois vinham várias matérias onde os nossos extraordinários jornalistas defendiam o governo italiano na história do asilado. Os calhordas defensores da elite podre e carcomida simplesmente não enxergam mais um palmo à frente dos focinhos.
Eu já havia jurado que não comentava, aqui no blog, sobre as matérias mentirosas dos jornalecos brasileiros. Mas às vezes tenho uma recaída.
Mas, quero dizer, que não quero saber. Agora que elegemos um brasileiro para a presidência da república. Agora que o país cresce vertiginosamente. Agora que os sonhos da juventude vão se realizando, que o meu ufanismo folga e ri de alegria e prazer. Agora que vejo o povo não mais acreditando em jornais, âncoras, primeiras páginas; Bonners, Fátimas, Garcias, Leitões e similares vão todos para o diabo que os carregue.
Uma nova civilização se avizinha. Nós fazemos parte dela. Outros, se desesperam por não fazer.
Não pude com o jornaleco nem por um minuto. Lixo.
Mais especificamente, aquele que fica ao lado do vaso, no banheiro.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Fórum Social Mundial - Belém - Amazônia

De 27 de janeiro a 1º de fevereiro acontece em Belém do Pará o Fórum Social Mundial. Apesar de nunca ter ido a nenhum, conheço pessoas que foram, e, mesmo por tabela, posso dizer que deve ser uma das coisas mais bonitas que os seres humanos inventaram nas últimas décadas. Pessoas de boa vontade do mundo inteiro se reúnem para debater e discutir os destinos do planeta e da humanidade. Não à toa sendo realizado pela primeira vez na Amazônia, contará, em sua programação - dia 28 - com o dia da Pan-Amazônia: 500 anos de resistência, conquistas e perspectivas afro-indígena e popular. Ainda o programa traz as tendas temáticas com um repertério imenso de encontros para se discutir temas como a questão afro, os povos das florestas, a mulher, a reforma agrária e urbana, Cuba 50 anos, a crise do capital entre outros.
As apresentações culturais são extensas também e trazem mostras de artes plásticas, cinema, literatura, oficinas variadas e espetáculos cênicos valorizando especialmente as manifestações de origem popular, tais como os bois e a ciranda pernambucana entre outras.
Me deu um desejão de ir, mas ainda tô agarrado na reforma do moquifo. Mas ano que vem, quem sabe.
O Fórum Social Mundial (FSM) é um espaço aberto de encontro – plural, diversificado, não-governamental e não-partidário –, que estimula de forma descentralizada o debate, a reflexão, a formulação de propostas, a troca de experiências e a articulação entre organizações e movimentos engajados em ações concretas, do nível local ao internacional, pela construção de um outro mundo, mais solidário, democrático e justo.
As três primeiras edições do FSM, bem como a quinta edição, aconteceram em Porto Alegre, Rio Grande do Sul (Brasil), em 2001, 2002, 2003 e 2005. Em 2004, o evento mundial foi realizado pela primeira vez fora do Brasil, na Índia. Em 2006, sempre em expansão, o FSM aconteceu de maneira descentralizada em países de três continentes: Mali (África), Paquistão (Ásia) e Venezuela (Américas). Em 2007, voltou a acontecer de maneira central no Quênia (África).
O FSM tornou evidente a capacidade de mobilização que a sociedade civil pode adquirir quando se organiza a partir de novas formas de ação política, caracterizadas pela valorização da diversidade e da co-responsabilidade. O sucesso da primeira edição resultou na criação do Conselho Internacional que, em sua reunião de fundação, aprovou em 2001 uma Carta de Princípios, a fim de garantir a manutenção do FSM como espaço e processo permanentes para a busca e a construção de alternativas ao neoliberalismo. Hoje, são realizados fóruns sociais locais, regionais, nacionais e temáticos em todo o mundo, com base na Carta de Princípios. Em 2008, para marcar esse processo, foi realizado mundialmente no dia 26 de janeiro o Dia Global de Mobilização e Ação.
Mais no site oficial, aqui.
sábado, 24 de janeiro de 2009
Novo modelo de Layout
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Dá pra confiar?
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Todos parecem bem felizes
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Puxa vida...
domingo, 18 de janeiro de 2009
Darcy Ribeiro

Trecho final do terceiro episódio do maravilhoso documentário baseado no livro de Darcy Ribeiro "O Povo Brasileiro", produzido pela TV Cultura.
Xangô está vendo o que se passa.
Este trecho foi postado por mim no youtube.
Lá existem outras partes.
O desenho é um da série "Orixás" que fiz em 2007. Este é para Xangô. O motivo é uma variação rítmica para o machado de dois gumes e o relâmpago.
Castigai, Xangô, aos mentirosos!
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Frases curtas
Cinco dias de argamassa, selador e tinta.
As férias estão terminando.
Dia dois, dia de Iemanjá, o inferno da sala de aula.
A imprensa nativa, marrom, reacionária e burra está puta da vida.
Lula deu tapa de luva de pelica neles. Lula de pelica.
Estão se mordendo. Que se danem.
As criancinhas continuam morrendo em Gaza.
Também no nosso Nordeste, na África e em outros bolsões de miséria.
A vida segue.
Gilmar Dantas posa de déspota esclarecido.
Quero comprar um carro, preciso.
Me recuso a pagar os juros do mercado. Vou economizar.
Meu dinheiro é suado demais para entregar de bandeja aos bandidos capitalistas.
Aguardarei mais um pouco se preciso.
A vida segue, as crianças morrem, os juros não caem, Gilmar Dantas, este, ainda mais, deveria cair.
José Erra quer ganhar de qualquer jeito. Só se a história fizer uma curva de noventa graus a trezentos por hora.
Difícil hein!
A casa está de cabeça para baixo. E muito empoeirada.
As aulas vão recomeçar. Até arrepio. Vou ter de baixar a 30 km daqui às sete da matina.
A vida segue. As mulheres não me amam e eu não as quero mais seduzir.
Que se dane.
Volto, lentamente, a fazer arte. Estava com saudades de meus traços.
Estou lendo "As Heroídes" de Ovídio. Queria ler no original mas é demais agora para a minha cabeça aprender latim.
Belo Horizonte tem estado bela.
Gosto dos meus amigos virtuais.
Apesar de tudo, meu coração ainda espera.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Colírio para os olhos
Releva-se as baixarias.
Gosto muito dos nus de Modigliani.




Quase tudo do genial italiano aqui.
domingo, 11 de janeiro de 2009
Enquanto isso, em Pindorama...
Boicote ao estado judeu segrega(s)ionista

O que eu estava dizendo, em uma postagem anterior, sobre um boicote ao estado judeu de Israel, que é fascista e promove um aparthaid do povo palestino, principalmente aquele que vive na Faixa de Gaza, já existe aqui.
Não se trata de, no meu caso, defender os valores muçulmanos, nem de condenar o judaísmo. Há muita coisa errada e atrasada no Islão e o estado de Israel não conseguiu, até hoje, após alguns milhares de anos, conviver com as demais culturas de maneira equilibrada, salvo raras e efêmeras exceções. Foram perseguidos? Foram. Mas perseguiram também. A Bíblia que o diga. E hoje, vejam o que fazem, trucidam criancinhas. Trata-se, por isso, de não aceitar calado o genocídio explicitado. Chega do olho por olho. Que, aliás, se tornou em olhos (muitos mais) por olho, todos os dentes da boca por um único dente. Loucura!
Basta!
No final (bottom) da página há uma versão em português.
Ajudem a difundir.
P.S. Por que será que há uma versão em português e nenhuma em alemão ou italiano?
Pensem sobre isso.
P.S.2 Há centenas de judeus que apóiam o boicote.
P.S.3 O velho patriarcalismo insensato, néscio.
Goya e "Os Desastres das Guerras"
Nas gravuras, Goya não se detém apenas nas atrocidades cometidas pelos soldados franceses (já publiquei outro post sobre o exército francês daqueles tempos), mas nos mostra a loucura indiscriminada de todos contra todos.
O grande pintor espanhol fez muitos óleos sobre a temática da guerra. Um já postei e comentei aqui.
As gravuras, no entanto, talvez pela crueza do preto e branco, falam mais forte. E não pouparam a crítica à monarquia. Goya era o pintor do Rei.
Por isso, só vieram a público em 1863.
Observem que quase todas as vítimas são civis inocentes.










Na wikipédia algumas informações sobre a guerra peninsular aqui.
As 85 gravuras na wikipédia em um muito bom artigo aqui.
Para quem tiver estômago:
As 85 gravuras aqui e aqui.
sábado, 10 de janeiro de 2009
Lula devia chamar o embaixador
Acontece aquilo lá agora. Não é a história que passou. É a que passa. Agora. É o nosso mundo. Não é como uma chacina numa favela de nossas grandes cidades violentas. É muito, muito pior.
Holocausto. Hecatombe. Genocídio. Infanticídio.
Hoje as coisas estão visíveis como nunca o foram antes. O mundo inteiro está vendo, diariamente, os corpos enrolados. Principalmente das crianças. Famílias inteiras trucidadas. Um horror!
É preciso que se arme um boicote contra esse estado judeu.
Nosso país poderia ser o primeiro, dar o exemplo.
Lula deveria chamar de volta o embaixador em Tel-Aviv.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
A bruxa
Vi-lhe, por um momento, com clareza, o corpo, a cabeça, as patas, os olhos, as belas, negras e largas asas.
Há, certamente, algo de mais profundo nisso.
Talvez eu a tenha invocado.
Escutei por várias vezes isto antes: