segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Ao amigo querido que partiu

O meu amigo foi corajoso
que esperou-me dormir e
sozinho
atravessou o Aqueronte
o meu amigo
por longos doze
longos anos
o meu amigo esperou-me
sempre a sorrir
batendo o rabo
que é como sorria
o meu amigo
sempre sereno
nos últimos instantes
ainda
não gritou
nem gemeu
foi no silêncio após
esperar-me dormir
de tanto velar
como eu disse
partiu
o meu amigo
e uma parte de mim
também.

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