Ontem estive com alguns amigos que os tenho há coisa de trinta anos. Lembramos dos 'causos', das viagens, dos ausentes; tiramos fotos e admiramos outras, antigas; conversei com a velha namorada que está ficando velha, como todos nós; tomamos bons vinhos e champanhe, comemos foie gras; contamos uma parte de nossas histórias pessoais, lamentamos algumas perdas e valorizamos os ganhos, se é que podem haver.
Bebi e falei demais, como sempre.
Acho que todos falamos coisas que até então não tinham sido ditas.
Foi muito divertido apesar dos momentos melancólicos e de algumas palavras mais ásperas.
E hoje bateu um enorme banzo.
Saturno, que, como diz o poeta, jamais volve a sua face.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Despedida
Perdi hoje uma pessoa muito querida. Não é ninguém que os meus ocasionais leitores conheçam. Mas como aqui é o meu espaço de divagar e expor eventualmente meus pensamentos e sentimentos, fica um registro, nesse dia, da partida desse ente querido.
Caro primo, que estejas sendo bem recebido aí onde chegastes agora. Sei que partistes na hora certa. Fica a saudade.
Vai contigo!
Caro primo, que estejas sendo bem recebido aí onde chegastes agora. Sei que partistes na hora certa. Fica a saudade.
Vai contigo!
domingo, 19 de dezembro de 2010
E na tradução que muito gosto de Geir Campos, uma folha da relva:
11. Uma vez no Alabama, enquanto eu dava
o meu passeio matinal,
vi pousada uma fêmea de pardal
em seu ninho entre os galhos
chocando seus filhotes.
Eu vi também o passarinho-macho
e parei a escutá-lo
ao alcance da mão
inflando o peito e gorjeando em júbilo.
E estando eu ali parado, me ocorreu
que o canto dele
não era só para o que estava ali,
nem para a parceira dele
nem mesmo para ele só,
nem para tudo o que os ecos mandavam
de volta
_ mas muito além, sutil e clandestina,
era mensagem transmitida e oculta herança
para os que estavam acabando de nascer.
Cosette, em ilustração para "Os Miseráveis"
Walt Withman
fragmentos de Saindo de Paumanok
11. Uma vez no Alabama, enquanto eu dava
o meu passeio matinal,
vi pousada uma fêmea de pardal
em seu ninho entre os galhos
chocando seus filhotes.
e parei a escutá-lo
ao alcance da mão
inflando o peito e gorjeando em júbilo.
E estando eu ali parado, me ocorreu
que o canto dele
não era só para o que estava ali,
nem para a parceira dele
nem mesmo para ele só,
nem para tudo o que os ecos mandavam
de volta
_ mas muito além, sutil e clandestina,
era mensagem transmitida e oculta herança
para os que estavam acabando de nascer.
Cosette, em ilustração para "Os Miseráveis"
Walt Withman
fragmentos de Saindo de Paumanok
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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
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