sábado, 27 de junho de 2009

Depois dos treze, impossíveis.
















Bilitis e as amigas, que hoje só são possíveis até ali por volta dos treze anos, como vejo em minhas alunas. Fosse outrora, seriam núbeis: andam abraçadas ou de mãos dadas entre cochichos e risinhos. Às vezes, quando se encontram, entre uma aula e outra, se abraçam apertado e gritam aquele grito fino, próprio das mulheres, a plenos pulmões, desvairadas. Então caem na gargalhada e se despedem. Eu acho tudo isso maravilhoso.
Depois, os diabinhos do medo e da inveja já invadem e reinam no coração das mulheres.
Uma pena.

O jogo de Ganizes

Como o amássemos ambas, jogamo-lo em ganizes. E foi uma partida memorável. Muitas jovens a ela assistiram.

Minha rival começou pelo lance dos Kyklopes, e eu, pelo de Solon. Ela jogou o Kallibolos, e eu, sentindo-me perdida, supliquei à deusa.

Joguei então o Epiphenon, e ela, o terrível lance de Khios. Eu, o Antiteukhos, e ela, o Trokhias, e eu, o de Afrodite, que ganhou o amante disputado.

Mas, ao vê-la empalidecer, abracei-a pelo pescoço e sussurrei-lhe ao ouvido, para que só ela me ouvisse: "Não chores, minha amiga, deixaremos que ele escolha entre nós".

Um comentário:

  1. Lindo post....explica melhor lá no Blog a história de Hecate e a lua q eu não conheço??bjs

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Provérbios gregos