quinta-feira, 30 de abril de 2009

Provérbios

Ἄρκτου παρούσης ἴχνη ζητεῖς.

Ursa praesente vestigia quaeris.

Encontra-se a ursa pela trilha das pegadas.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Whitman em cada átomo












Song of myself

30.

Estão todas as verdades
à espera em todas as coisas:
não apressam o próprio nascimento
nem a ele se opõem,
não carecem do fórceps do obstetra,
e para mim a menos significante
é grande como todas.
Que é maior ou menor que um toque?

Musas da idade do ferro

Eu não gosto de repercutir essas figuras. Mas esta é para rir.

NÃO TEMOS GRIPE SUÍNA. EM COMPENSAÇÃO...















Tive uma crise de riso com esta. Lá da Cloaca News.

terça-feira, 28 de abril de 2009

As cores

O meu blog muda de cor frequentemente.
Mas não muito.
E o seu?

domingo, 26 de abril de 2009

provérbios gregos

3.17: Ἂν τοὺς φίλους μισῶμεν, τὶ ποιήσομεν τοὺς μισοῦντας;

Si amicos oderimus, quod faciemus iis, qui nos oderunt?

Se aos amigos odiamos, o que sentimos pelos que nos odeiam?

Há um ano atrás

Uma postagem de um ano atrás.



Nos meus quase quarenta anos de torcedor, nunca vi vexame maior. Confesso que, apesar de ter me afastado de debates futebolísticos já há tempos, nunca deixei de torcer pelo Galo. Mas desta vez acho que ficou claro para todos que o time acabou. Esta derrota não foi apenas vexamosa, foi algo mais, assim como um atestado de óbito. São 8:15 da manhã de segunda, ainda não fui à rua, mas estou desconfiado que não veremos as tradicionais camisas alvi-negras, tão típicas das manhãs de segunda, após o Atlético ter perdido uma partida no dia anterior. Não há clima nem mesmo para o mais fiel dos torcedores, o golpe foi mortal. Não se trata de uma derrota a mais apenas, a agonia do time vem já de muitos anos. Acho que desde aquelas derrotas na virada dos 70 para os 80 o time só vem colecionando fracassos. Já está no nosso dna. Com muita tristeza admito que já não tenho esperanças mais com o Galo. Minas, agora, é um estado de um time só.

primeiro estado


















O monge no trigal, Rembrandt, água forte, 1645

No século XVIII, religiosos contavam com uma vantagem: um nobre tinha de abaixar as calças, um frade apenas levantava a batina.
(in http://jlmdias.blog.uol.com.br/index.html)


Guernica - 26 de abril de 1937


A marselhesa

Para mim, um hino nacional é um mantra. Uma sequência de sons e letras com a intenção de se produzir um determinado efeito. No caso, valorizar e estimular o sentimento mátrio. Ontem, "la marseillaise" fez anos. Foi composta por Rouget de Lisle em 25 de abril de 1792. Aqui, em uma antológica cena de cinema.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Arte
















Alma Tadema
In the Tepidarium

À América e ao Brasil























8.
Veja o carrasco europeu de pé
com sua máscara, vestido de vermelho,
grossas pernas e fortes braços nus,
apoiando-se a um pesado machado.

(A quem você decapitou ultimamente ,
ó carrasco europeu?
De quem é esse sangue em cima de você
tão agarrado e úmido?)

Vejo os claros crepúsculos dos mártires,
os fantasmas que descem dos patíbulos
_ fantasmas de mortos aristocratas,
damas descoroadas, reis depostos,
ministros afastados, traidores,
rivais, envenenadores,
chefetes que caíram em desgraça
e outros mais.

Eu vejo aqueles que em qualquer país
têm dado a vida pela boa causa:
reduzida semente, e ainda assim
a plantação não tem fim.
(Lembrem-se, ó reis de longe, ó sacerdotes:
a plantação não tem fim.)

Vejo o sangue do machado completamente lavado,
o cabo e a lâmina igualmente limpos:
já não derramam o sangue de fidalgos europeus,
já não cortam pescoços de rainhas.
Vejo o carrasco saindo de cena,
perdendo a serventia;
vejo o patíbulo deserto e embolorado
e em cima dele não vejo machado mais,
vejo o potente e amistoso emblema da minha raça
_ a maior delas, a mais nova raça.

(Walt Whitman, folhas das folhas da relva, seleção e tradução de Geir Campos, Ediouro, 1983)

Provérbios gregos

Ὑπὸ παντὶ λίθῳ σχορπίος.

Sub omni lapide scorpius.

É sob as pedras que está o escorpião.

Olhos e ouvidos atentos!

Não é de hoje que todos já se deram conta da crescente esquerdização da América Latina. Talvez fosse o caso de utilizar-se expansão da consciência dos povos latino americanos, que de alguns anos para cá, vêm elegendo governos muito mais identificados com os mais pobres do que com as elites seculares, como têm sido os nossos governantes tradicionalmente. As nossas elites, acostumadas a exercer o poder e os privilégios feudais já há muito tempo estão desesperadas, na medida em que possa ser possível a alguém com uma conta bancária de milhões de dólares estar desesperado. Mas estão. Percebem que o osso, que sempre lhes pertenceu exclusivamente, está sendo partilhado por outros, indesejáveis. O que se está fazendo por aqui, ou melhor, o que estamos fazendo nós, cidadãos e sujeitos históricos, é uma espécie de revolução. Ainda que lenta, moderada, pacífica, uma revolução. Como dizia Michelet: "A reação da equidade, o advento tardio da justiça eterna."
Mas os privilégios ainda estão aí. Eles detêm o quarto poder da imprensa. A mesma imprensa que os derrubou há 220 anos atrás, agora é utilizada por eles para se perpetuarem. Eles aprendem rapidinho a se utilizarem das armas de seus inimigos. Detêm, também, a maioria nos legislativos e judiciários. E por isso, as tentativas de golpes. Elas se sucedem em velocidade impressionante. Os golpes não são apenas contra os governos democraticamente eleitos, como aconteceu e acontece diariamente em Venezuela, Bolívia, Argentina, Brasil e, agora, no Paraguay. Os golpes também são praticados na intenção de destruir o futuro possível e provável contra os seus interesses. Então, atacam o potencial.
Muitos temem esses golpes. De fato, ainda é assustador, principalmente para nós que vivemos os estados policialescos. Temos lembranças tristes da ditadura. Para alguns, pesadelos.
Mas a situação, a meu ver, agora, é diferente por demais. Há aqueles, sem dúvida, dentre o povo, que se deixam levar pelas mentiras da imprensa. Mas são poucos, penso eu. Há um entendimento e uma sabedoria que a pessoa comum desenvolveu nos últimos anos que são claras. Não o fosse, não teríamos Mandela, Chaves, Morales, Lula, Lugo, Barchelet, Kirchner, Obama e muitos outros líderes, e não apenas nas Américas, a defender uma mudança efetiva no centro, na distribuição e no equilíbrio do poder no mundo. As pessoas estão mais conscientes. O suficiente para deixar os velhos privilegiados assustados. Mesmo porque, com o advento da internet, suas falcatruas são desmascaradas com muito mais rapidez. E ainda que consigam botar panos quentes, como sempre o fizeram, fica a má impressão desconfortável. Como o sorriso azedo do Gilmarzinho anteontem após tomar aquela lavada.
Porém, é preciso não descuidar-mos. Vamos fazendo a nossa parte de ir clareando as coisas. Aqui, na web, vou reproduzindo as notícias importantes. Tanto as positivas a favor das mudanças, que são sonegadas pela imprensa marrom que nos domina, quanto as negativas contra esta mesma imprensa e seus donos, os verdadeiros donos dos privilégios, os coronéis, ervas daninhas deixadas há séculos ainda em sementes pelos "brancos de olhos azuis".
E vamo-nos, também, informando ao redor, no mundo diário que nos cerca e em que vivemos. Levo o debate nas escolas em que trabalho. Uma professora colega, ontem, logo cedo, ainda na mesa do café, antes do início das aulas, me perguntou sobre o caso do dia anterior entre os ministros do STF: O que foi aquilo, quem estava com a razão? Perguntei-lhe se ela havia visto a notícia no bom dia Brasil? Ela responde que sim. Então expliquei-lhe a situação, quem era um, quem era o outro. Ela entendeu direitinho. Ela já sabia, mas a globo...este câncer ainda atrapalha muita gente.
Camaradas, olhos e ouvidos atentos!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Gilmar Dantas e Joaquim Barbosa outra vez

Ministro Joaquim Barbosa, este é o cara!
Pau nele!

terça-feira, 21 de abril de 2009

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Um mapa























Brasil, 1899.
http://www.lib.utexas.edu/maps/historical/history_americas.html

Brasil quer imprimir sua marca no continente



























O Brasil de Lula caminha com suas próprias pernas.
E FHC vai acabar cortando os pulsos.

Brasil quiere dejar su huella en América

Leia mais em "El País"

domingo, 19 de abril de 2009

Primeira lição

Primeira aula de grego, do evangelho de João:

ΙΩΑΝΝΗΣ ΚΑΙ ΟΙ ΙΟΥΔΑΙΟΙ
JOÃO E OS JUDEUS

ΙΟΥΔΑΙΟΙ
Σὺ τίς εἶ ;
Quem és tu?

ΙΩΑΝΝΗΣ
Ἐγὼ οὐκ εἰμὶ ὁ χριστός.
Eu não sou o ungido.

ΙΟΥΔΑΙΟΙ
Τί οὖν; σὺ Ἠλείας εἶ;
Quem então? És tu Elias?

ΙΩΑΝΝΗΣ
Οὔ.
Não.

ΙΟΥΔΑΙΟΙ
Τίς εἶ; Τί λέγεις περὶ σεαυτοῦ;
Quem és? O que dizes sobre ti mesmo?

ΙΩΑΝΝΗΣ
Ἐγώ εἰμι φωνὴ ἐν τῇ ἐρημῴ.
Eu sou uma voz no deserto.

ΙΟΥΔΑΙΟΙ
Τί οὖν βαπτίζεις εἰ σὺ οὐκ εἶ ὁ χριστός οὐδὲ Ἠλείας οὐδὲ ὁ προφήτης;
Por que então batizas se não és o ungido, nem Elias, nem o profeta?

ΙΩΑΝΝΗΣ
Ἐγὼ βαπτίζω ἐν ὕδατι· μέσος ὑμῶν στήκει ὁ βαπτίζων ἐν πνεύματι.
Eu batizo em água; no meio de vós está o que batiza em espírito.

(κἁτὰ Ἰωάννην)
(segundo joão)

Caramba, isso ainda me toca. Mas foi muito antes de Pedro e Paulo.

Encontro de aves agourentas em BH






Acontece aqui em BH o XII encontro nacional de professores de jornalismo.
É por isso que, quando olhei ontem para o céu, avistei uma revoada imensa de aves da família ciconiidae, também chamadas ciconiformes ou cathardidae, ou ainda, como as designam os nossos índios, simplesmente uru'wu.
























Xô Ziquizira!

Carta ao presidente























A antológica carta de um chefe seatlle ao presidente americano. Um poema de amor à Terrra. Estou convencido de que serão destes seres, uns da floresta, outros do deserto, não importa donde, as principais respostas ao impasse frente aos problemas ecológicos e ao futuro do planeta. Vida longa aos manos e às manas que nunca perderam o contato profundo com a Mãe!


''O Grande Chefe mandou dizer que deseja comprar a nossa terra. O Grande Chefe assegurou-nos também de sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não precisa de nossa amizade.
Vamos, porém, pensar em sua oferta, pois sabemos que, se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará nossa terra. O Grande Chefe de Washington pode confiar no que o Chefe Seattle diz, com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na alteração das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas - elas não empalidecem.
Como pode querer comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia nos é estranha. Se não somos donos da pureza do ar ou do esplendor da água, como então pode comprá-los?
Cada torrão desta terra é sagrado para meu povo. Cada folha reluzente do pinheiro, cada praia arenosa, cada véu de neblina na floresta escura, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo. A seiva que circula nas árvores carrega consigo as recordações do homem vermelho.
O homem branco esquece a sua terra natal, quando - depois de morto - vai vagar por entre as estrelas. Os nossos mortos nunca esquecem esta formosa terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs: o cervo, o cavalo, a grande águia - são nossos irmãos. As montanhas rochosas, as fragrâncias dos bosques, o calor que emana do corpo de um potro e o homem - todos pertencem à mesma família.
Portanto, quando o Grande Chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, ele exige muito de nós. O Grande Chefe manda dizer que irá reservar para nós um lugar onde possamos viver confortavelmente. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto vamos considerar a sua oferta de comprar a nossa terra. Mas não vai ser fácil, não. Porque esta terra é, para nós, sagrada.
Esta água brilhante que corre nos rios e regatos não é apenas água, mas sim o sangue de nossos ancestrais. Se lhe vendermos a terra, terá que se lembrar que ela é sagrada e terá de ensinar a seus filhos que é sagrada e que cada reflexo espectral na água límpida dos lagos conta os eventos e as recordações da vida de meu povo. O rumorejar da água é a voz do pai de meu pai.
Os rios são nossos irmãos, eles apagam nossa sede. Os rios transportam nossas canoas e alimentam nossos filhos. Se lhe vendermos nossa terra terá de se lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são irmãos nossos e seus, e terá de dispensar aos rios a afabilidade que daria a um irmão.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um lote de terra é igual a outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo que necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de a conquistar, ele vai embora. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados, e nem se importa. Arrebata a terra das mãos de seus filhos e não se importa. Ficam esquecidas a sepultura de seu pai e o direito de seus filhos à herança. Ele trata sua mãe - a terra - e seu irmão - o céu - como coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas como ovelhas ou miçangas cintilantes. Sua voracidade arruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto.
Não sei. Nossos modos diferem dos seus. A vista de suas cidades causa tormento aos olhos do homem vermelho. Mas talvez isto seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que de nada entende.
Não há um lugar sequer calmo nas cidades do homem branco. Não há lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o tinir das asas de um inseto. Mas talvez assim seja por ser eu um selvagem que nada compreende. O barulho parece apenas insultar os seus ouvidos. E que vida é aquela se um homem não pode ouvir a voz solitária do curiango ou, de noite, a conversa dos sapos em volta de um brejo? Sou um homem vermelho e nada compreendo. O índio prefere o suave sussurro do vento a sobrevoar a superfície de uma lagoa e o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva do meio-dia, ou rescendendo a pinheiro.
O ar é precioso para o homem vermelho, porque todas as criaturas respiram em comum - os animais, as aves, o homem. O homem branco parece não perceber o ar que respira. Como um moribundo em prolongada agonia, ele é insensível ao ar fétido. Mas se lhe vendermos nossa terra, terá de se lembrar que o ar é precioso para nós. Que o ar reparte seu espírito com toda a vida que ele sustenta. O vento que deu ao nosso bisavô o seu primeiro sopro de vida, também recebe seu último suspiro. E se lhe vendermos nossa terra, deverá mantê-la reservada, feito um santuário, como um lugar em que o próprio homem branco possa ir saborear o vento, adoçado com a fragrância das flores campestres.
Assim, pois, vamos considerar sua oferta para comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, farei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.
Sou um selvagem e desconheço que possa ser de outro jeito. Tenho visto milhares de bisões apodrecendo na pradaria, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante do que o bisão que (nós - os índios) matamos apenas para o sustento de nossa vida.
O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Porque tudo quanto acontece aos animais, logo acontece ao homem. Tudo está relacionado entre si.
O Grande Chefe deve ensinar a seus filhos que o chão debaixo de seus pés são as cinzas de nossos antepassados. Para que tenham respeito ao país, conte a seus filhos que a riqueza da terra são as vidas dos nossos parentes. Ensine a seus filhos o que temos ensinado aos nossos: que a terra é nossa mãe. Tudo quanto fere a terra, fere os filhos da terra. Se os homens cospem no chão, cospem sobre eles próprios.
De uma coisa sabemos: a terra não pertence ao homem: é o homem que pertence à terra. Disto temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si.
Tudo quanto agride à terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida; ele é meramente um fio da mesma. Tudo que ele fizer para a trama, à si próprio fará.
Os nossos filhos viram os seus pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio, envenenando seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias - eles não são muitos. Mais algumas horas, mesmo alguns invernos, e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nesta terra ou que tem andado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre nossos túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
Nem o homem branco, cujo Deus com ele passeia e conversa de amigo para amigo, pode ser isento do destino comum. Poderíamos ser irmãos apesar de tudo. Vamos ver. De uma coisa sabemos que o homem branco venha talvez, um dia a descobrir: nosso Deus é o mesmo Deus. Talvez julgue, agora, que o pode possuir do mesmo jeito como deseja possuir a nossa terra; mas não pode. Ele é Deus da humanidade inteira e é igual sua piedade para com o homem vermelho e o homem branco.
Esta terra é querida por ele e causar dano à terra é cumular de desprezo o seu criador. Os brancos vão acabar; talvez mais cedo do que todas as outras raças. Continuem poluindo as suas camas e hão de morrer uma noite, sufocados em seus próprios dejetos!
Porém, ao perecerem, eles brilharão com fulgor, abrasados pela força de Deus, que os trouxe a este país e, por algum desígnio especial, lhes deu domínio sobre esta terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é para nós um mistério, pois não podemos acreditar como será quando todos os bisões forem massacrados, os cavalos bravios domados, as brenhas das florestas carregadas de odor de muita gente e a vista das velhas colinas empanada por fios que falam. Onde ficará o emaranhado da mata? Terá acabado. Onde estará a águia? Irá acabar. Restará dar adeus à andorinha e à caça. O fim da vida é o começo da luta para sobreviver.
Compreenderíamos talvez, se conhecêssemos com o que sonha o homem branco, se soubéssemos quais as esperanças que transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais as visões do futuro que oferece às suas mentes, para que possam formar desejos para o dia de amanhã. Somos, porém, selvagens. Os sonhos do homem branco são para nós ocultos. Por serem ocultos, temos que escolher nosso próprio caminho.
Se consentirmos em vender a nossa terra, será para garantir as reservas que nos prometeu. Lá talvez possamos viver nossos últimos dias, conforme desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará vivendo nesta floretas e praias, porque nós a amamos, como ama um recém-nascido o bater do coração de sua mãe.
Se lhe vendermos a nossa terra, ame-a como nós a amávamos. Proteja-a, como nós a protegíamos. Nunca esqueça de como era esta terra, quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder e todo o seu coração: - conserve-a para seus filhos e ame-a como Deus nos ama a todos. De uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é por ele amada. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nossos destino comum.''


Noah Sealth (1786-1866)

sábado, 18 de abril de 2009

BH - Santê

















Final de tarde na praça de Santa Tereza, vista do restaurante do Bolão. Em primeira plano, à direita, uma antiga casa de seresta, frequentada por Juscelino kubitschek na década de quarenta. Hoje por lá rola mais é samba. Ao fundo, as duas cúpulas da igreja, dentre as quais, uma tem os sinos que marcam diariamente as horas. Clicando na imagem, uma resolução melhor.

Allan Kardec























Em 18 de abril de 1857, Allan Kardec publicava seu "O livro dos espíritos", que veio oferecer ao mundo uma nova óptica sobre o cristianismo. Junto à doutrina cátara, em minha opinião, os únicos sistemas de crenças cristãs dignas de Jesus. Porém, diferente do catarismo, o espiritismo o Vaticano não conseguiu destruir.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

A propósito de uma postagem do Idelber

Essa história da crise é engraçada e séria - um oximóron, kakakakakaka... - porque ela existe e também
não existe.
Comigo ela existe hora sim,
hora não;
uma mesma coisa
ora funciona,
ora é um desastre.
E não há qualquer controle, a não ser
quando da confiança em mim mesmo,
o que existe ora sim,
ora não.
Kakakakakakaka....
Uma idiotia arguta.
Lá nas escolas, tenho conseguido momentos legais com os adolescentes,
mas, com os pequeninos, tenho andado sem paciência.
Talvez seja o sono da manhã, talvez seja a idade - não tenho mais aquela desenvoltura necessária para lidar com o corpo e com a criança pequena. Não sei se me explico, nem sei se jamais a tive.
Acho que ando malicioso demais ou de menos.
Embora eu me ache um chato,
os outros não.
Deus existe, mas eu não acredito nele.
Mas eu sou muito burro pra filosofia.

domingo, 12 de abril de 2009

Sobre a páscoa


















Esta história de ressurreição não é muita clara em minha cabeça. Como alegoria da transformação interior acho bonita. Mas, às vezes, me vem aquele entendimento cátaro de que Jesus era apenas espírito e que materializava o corpo para pregar. Seja como for, respeito as crenças.
No entanto, bem que se poderia deixar de matar Jesus ano após ano.
Não precisa mais (já precisou?), cada um é que tem de salvar a si mesmo.

As Troianas






















Assisti hoje ao filme "As troianas" do diretor grego Michael Cacoyannis. O filme é de 1971 e traz no elenco Katharine Hepburn como Hécuba, Vanessa Redgrave (linda, ainda muito jovem) como Andrômaca, Geneviève Bujold como Cassandra e Irene Papas (magnífica) como uma Helena morena de longos cabelos negros. Esta Helena seria no mínimo ridícula - pois uma morena para representar uma personagem sabidamente loira é meio que uma forçada de barra - se não fosse o talento da grega. Aliás, nesse ponto estranhei o filme, pois também a personagem de Andrômaca, que sabidamente era mulata ou pelo menos muito morena é feita por Redgrave, que mais branca e loira impossível. Não tenho dúvida que as quatro penaram para realizar os respectivos papéis, todos dificílimos.
Para quem não sabe, "As troianas" é uma das peças do trágico ateniense Eurípedes que nos chegaram inteiras. A peça narra a situação das mulheres troianas logo após a queda da cidade e a matança de todos os homens, enquanto aguardam o sorteio para saberem a quem serão destinadas como escravas. É um filme angustiante pois o cenário todo é de desolação e perda. A rainha troiana, agora reduzida à servidão, vai recebendo uma a uma as lúgubres notícias trazidas pelo arauto Taltíbio: primeiro a morte da filha mais nova, Polixena, degolada sobre o túmulo de Aquiles (a conselho de Ulisses), depois a loucura da outra filha Cassandra que é levada como concubina do Rei grego Agamênon. Em seguida a prisão da nora Andrômaca e a morte do neto, filho desta, precipitado de cima da muralha da cidade por ordem de Ulisses: "Não se pode deixar viver um filho de tão grande herói; pode ele, no futuro, querer vingar o pai". Nesta passagem, quando Andrômaca recebe o comunicado de que deverá entregar o filho ao arauto, Miss Redgrave uiva como uma loba, é de arrepiar.
Katherine Hepburn é quem conduz a trama e o faz divinamente.
Irene Papas faz uma Helena dissimulada - foi assim que Eurípides a retratou na peça - que não se perturba em banhar-se na frente das demais mulheres quando todas estão a morrer de sede. Na passagem em que argumenta com Menelau, tentando seduzi-lo e, em seguida, é desmascarada por Hécuba, a gente percebe o seu constrangimento. Como eu disse, magnífica. Adoro esta atriz.
A franco-canadense Geneviève Bujold - de Ana dos mil dias, onde faz a Bolena, mulher de Henrique VIII - interpreta uma Cassandra enlouquecida e conformada com o destino.
O cenário e figurinos são excelentes (não tem nada daquele luxo do recente "Tróia"), as mulheres se trajam quase todas de preto, o uniforme dos soldados gregos é simples, como deveria ser naquele tempo e a locação parece ter sido em alguma ruína antiga da Ásia menor, uma paisagem árida e desolada.
Eurípides não acreditava mais nem em deuses, nem em heróis e nem nos homens. Conviveu com inúmeras guerras e se entristecia com o sofrimento humano, Não era sociável e dizem que um tanto misógino. Em suas tragédias, pelo menos nas que li, todos os heróis homéricos são reduzidos a crápulas, assassinos de mulheres e de criancinhas.
É o melhor filme que já vi sobre o ciclo troiano.
Com a queda de Tróia, que foi a grande guerra mundial da antiguidade, um novo ciclo começou. O mundo matriarcal ruiu de vez e o macho assumiu o seu triste papel de controlador da vida no planeta, por meio da força bruta e da violência.
Espero que não precisemos de outra guerra mundial para passarmos para um próximo ciclo.
E que esse ciclo seja de paz enfim.
Para quem aprecia a história, ainda que triste.

sábado, 11 de abril de 2009

provérbios gregos

Πίθηκος ὁ πίθηκος, κἂν χρύσεα σύμβολα ἔχῃ.

Simia simia est, licet aurea insignia habeat.


Um mono é um mono, ainda que pintado a ouro.

Sonetinho à Bocaje

Se não dizer for parte dela e minha,
a carta de amor jazerá na mesa
e o envelope junto, e a estranheza
do poema que me vem na miudinha.

Ouve, estranha, a tua forma é todinha
linda, mas desconfio de tigresas,
o que me faz lançar-me em asperezas
e esfregar as mãos, Ai! a sinhazinha

é uma delícia, um prato fino, um canto
de amor à forma e só de exemplo os seios
grandes, voluptuosos, um encanto.

Já estou tarado em imaginar os meios
de que me vou valer, e que rodeios
para seduzir-te e quando e quanto.

Mallarmé

BRISA MARINHA

Tradução: Augusto de Campos

A carne é triste, sim, e eu li todos os livros.
Fugir! Fugir!
Sinto que os pássaros são livres,
Ébrios de se entregar à espuma e aos céus imensos.
Nada, nem os jardins dentro do olhar suspensos,
Impede o coração de submergir no mar
Ó noites! nem a luz deserta a iluminar
Este papel vazio com seu branco anseio,
Nem a jovem mulher que preme o filho ao seio.
Eu partirei!
Vapor a balouçar nas vagas,
Ergue a âncora em prol das mais estranhas plagas!
Um Tédio, desolado por cruéis silêncios,
Ainda crê no derradeiro adeus dos lenços!
E é possível que os mastros, entre ondas más,
Rompam-se ao vento sobre os náufragos, sem mastros, sem mastros, nem ilhas férteis a vogar...
Mas, ó meu peito, ouve a canção que vem do mar!

BRISE MARINE

La chair est triste, hélas! et j´ai lu tous les livres.
Fuir! là-bas fuir !
Je sens que des oiseaux sont livres
D´être parmi l´écume inconnue et les cieux!
Rien, ni les vieux jardins reflétés par les yeux
Ne retriendra ce coeur qui dans la mer se trempe
O nuits ! ni la clarté déserte de ma lampe
Sur le vide papier que la blancheur défend
Et ni la jeune femme allaitant son enfant.
Je partirai ! Steamer balançant ta mâture,
Lève l´ancre pour une exotique nature!
Un Ennui, désolé par les cruels espoirs,
Croit encore à l´adieu suprême des mouchoirs!
Et, peut-être, les mâts, invitant les orages
Sont-ils de ceux qu´un vent penche sur les naufrages
Perdus, sans mâts, sans mâts, ni fertiles îlots...
Mais, ô mon coeur, entends le chant des matelots!

Melancolia é um defeito


























Acho que o álcool está obnubilando meu cérebro.

provérbios gregos



























Γῆρας διδάσκοι πάντα, καὶ χρόνου τριβή.


Senectus, et longa temporis mora docent omnia.

A velhice estende o tempo e tudo ensina.

linux x windows

Faz um ano e meio que uso o kurumin linux. Acontece que o sistema parou de ser atualizado. Então vou ter de migrar para um outro e andei sondando o debian e o ubuntu, já que o windows eu não quero mesmo, e vai ser muuuuito chato ter que dar o braço a torcer e voltar a jogar o joguinho do Bill Gates, onde ou você dá o cu pros cara e paga por qualquer programinha (até um simples descompactador de arquivos) ou mergulha no universo da pirataria que é o que todo mundo faz e tem de ficar ali com aqueles crakers, seriais e outras mumunhas mais. Eu não ligo para esta porra de pirataria. Quero que o sistema todo se foda e o Bill Gates e toda essa putaiada. Fodam-se! Acontece que está um problemão assistir a vídeos ou qualquer outro procedimento que se utilize do adobe flashplayer para linux, como navegar pelo youtube ou ler quaisquer texto do scrib, por exemplo. Uma merda!
E agora não sei o que fazer e isso tudo já está me enchendo.
E pronto, desabafei.
Fodas.

Vírus, cavalos de tróia e outras ziquiziras no blog

Retirei os anúncios do adsense (parece que sim) e gostaria que alguém me avisasse se ainda está dando algum tipo de ziquizira quando acessam o blog. Se sim terei que tomar uma atitude mais radical.

Uma nova ordem

Tobias e o Círculo Carmesim.

Eu gostaria de comentar uma coisa sobre a qual estou me tornando mais e mais consciente por meio de Sam, e o comentário tem que se iniciar com a expressão “Uma só ordem”. Ela foi dita recentemente nesse encontro do G20. Quando você dá uma olhada na humanidade neste momento atual, o que se passa é que pela primeira vez em um muito longo tempo, talvez você possa até dizer que pela primeira vez em toda a história da Terra, as energias estão vindo juntas em uma base totalmente globalizada. No passado, as nações estiveram separadas por tudo, tal como as línguas, os governos, os sistemas financeiros. Elas se defendiam e se protegiam por meio das guerras, por meio de ações subversivas. Todos sustentavam seus territórios. Era uma forma de poder. Houve muitas batalhas e muitas vidas humanas tiradas a fim de se manter um território e a cultura dentro dele.


O que está acontecendo agora, com o advento das modernas tecnologias, é que o mundo está se globalizando. Agora, de um modo geral, você diria: “Bem, sim, naturalmente, nós somos um planeta. Nós temos nossos laços comuns como seres humanos e como anjos e tudo só faz sentido se houver uma globalização. Só faz sentido quando chegamos juntos para discutirmos nossas diferenças e semelhanças, e quando dermos uma boa olhada em nosso sistema financeiro, em nossos governos e nas inter-relações entre eles. Só vai fazer sentido tudo dermos atenção a esses diferentes pontos agora mesmo e chegarmos a alguns consensos e acordos, mas não deixando de honrar e reconhecer as diferenças em nossas culturas e nem fechando portas ou levantando muros.”

Então há essa conversa agora, conversa que partiu da expressão Uma só ordem. E, agora, esta discussão sobre Uma só ordem mundial tem sido – como dizer – vilanizada e demonizada. E há todos aqueles que estão dizendo: “Este é o fim. Esta é a revelação. Este é o fim do mundo. Este é o momento em que Satan toma o controle.” E há todos aqueles que estão dizendo que em o momento que você tem uma moeda comum para o mundo todo, é o começo do fim porque aqueles que procuram pelo poder, todos os que controlam o poder neste momento, agora estão tomando o controle de toda a humanidade.

E eu tenho que jogar os meus dois centavos, ou meus dois euros, como é o que se vai tornando, (risos) e pedir a cada um de vocês para discernir – de seu próprio jeito, mas discernir. Mas eu tenho que expressar minha voz sobre isso. É o tempo para o mundo caminha junto. É o tempo para que todos os que estão tentando se proteger e se manter fechados – culturalmente, politicamente e em muitas outras formas – se darem conta de que a Terra caminhará adiante onde houver consenso e onde houver concordância, mesmo em meio a todas as diferenças. O mundo caminhará adiante onde uma nova língua – uma língua mundial – começar a tomar corpo no mundo. E isso não é sobre conformar a todos e fazer com que todos sejam exatamente iguais, mas é sobre levantar pontes entre as ilhas. É sobre colocar um fim à era das guerras e diferenças.

Uma vez que os humanos e uma vez que os governos entenderem o quão similar somos todos, e uma vez que entendam que estamos todos juntos na jornada – nós não somos Chineses e nem somos apenas Israelenses, ou não somos Brasileiros nem Canadenses – nós somos humanos neste grande planeta. Humanos somos todos trabalhando em direção a uma mesma coisas – fazendo deste O planeta, fazendo deste o exemplo radioso para as famílias de anjos, para o resto do Universo muito além daqui, para o resto das dimensões. Toda a demais criação está assistindo agora mesmo o que acontece na Terra. E o que acontece na Terra afeta tudo o mais. Não faz sentido que nós, como seres humanos angelicais, desenvolvamos pontes entre nós mesmos?

Há todos aqueles que agora estão dizendo que qualquer tipo de Ordem única para o mundo será algum tipo de estado fascista controlado por grupos de famílias ou conspiradores que querem tomar conta do mundo. E qual será a vantagem disso? O mundo todo está caminhando para a fome, muito rapidamente faltará a energia – fontes de energia – muito rapidamente faltará água pura e tudo caminhando entre muitos distúrbios. Então você pode imaginar, quem é que vai querer tomar conta de um mundo assim?

Eu vejo um movimento no mundo como eu nunca vi antes. Há alguns líderes políticos inspirados. Eu entendo, também, que há uma velha energia, velhos líderes políticos atrasados, mas você também está vendo toda uma nova geração de líderes sinceramente altruístas em suas funções, que estão realmente inspirados. E vocês os conhecem e eu os conheço, porque são eles que estão partilhando o nosso tempo comum na nova Terra.

Os velhos – os líderes da velha energia política e econômica – eles não irão à nova Terra. Não apetece a eles. Mas há toda uma nova geração de humanos inspirados que estão agora ascendendo aos governos. Eles estão ascendendo comercialmente enquanto a transição econômica se faz. Eles vêm ocupando seus lugares neste exato momento nos campos da medicina, da psicologia e da espiritualidade.

Para mim, Tobias está falando de Israel, do Irã, dos EUA, dos Europeus quando fala sobre os muros e os velhos líderes. E está falando sobre Lula e Obama quando dos construtores de pontes.
Mas é só uma opinião pessoal.

Transcrição livre da última canalização de Tobias. O restante, aqui, no site do Círculo Carmesim, em inglês.

terça-feira, 7 de abril de 2009

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A imprensa e os incautos classe média

Hoje pela manhã, lá na escola, conversando sobre política e economia com uma colega professora, a propósito da imprensa, disse eu que não mais assistia TV. Foi mais ou menos assim:
_ Mas ainda tem muita coisa boa na TV, vc não acha?
_ Não tem nada. O que que tem?
_ Ora, os noticiários por exemplo.
_ Da Globo, por exemplo.
_ É ué.
_ Risco de dano ao cérebro e ao planeta. Vc também acredita que o Brasil está em um buraco sem fundo não é?
_ Mas está mesmo. Você não vê o Lula lá fora, só dá gafe.
_ Então ele não é o cara?
_ Claro que não. O Obama só falou aquilo pra gozar a cara dele.
_ Colocaram ele sentado à esquerda da Rainha pra gozar a cara dele também ou a cara dela?
_ Do lado da Rainha? Nãoooooooo acredito!
_ Bobinha, bobice, bobismo. Acredita também na pomba do espírito santo. e que o papa é o representante de Deus na terra.

domingo, 5 de abril de 2009

provérbios gregos









Χαλεπὸν τὸ ἐαυτὸν γνῶναι, ἀλλὰ μακάριον.
(chkalepon tó eauton guinóovai, alá macárion)

Difficile est seipsum nosse, at vero beatum.

Difícil é conhecer a si mesmo, mas abençoado.

Santa Tereza

















Tarde de domingo em minha rua, aqui em Santa Tereza, com a Sagrada Família ao fundo.

Um manifesto naturalista

UMA IDEIA DA DEUSA...

Para as pessoas em geral, quer de um nível mental mais baixo quer até de um nível intelectual mais alto, nomeadamente no caso das mulheres, a ideia da Deusa, tirando claro a ideia da “Nossa Senhora” católica, é uma ideia abstracta e pouco credível fora dos contextos da cultura “nova era”, que repete ou procura imitar os rituais pagãos, e que são vistos pelas pessoas comuns como suspeitos, sempre com cariz maléfica, mesmo no que concerne a qualquer prática esotérica, que implique a imagem da mulher como bruxa ou feiticeira.
Assim nem a mulher intelectual nem as femininistas em geral, mesmo não sendo religiosas, continuam a ver essas práticas como uma coisa atrasada e fora do nosso tempo, e por isso não levam a sério a real possibilidade dessa ser uma forma de ligação com o feminino arcaico ou atávico, o seu feminino sagrado, vivido de uma forma nova, pois se desvincularam da sua natureza profunda ao longo dos séculos.

Uma maravilha de texto da Rosa Leonor. Continua

Adsense

De tanto insistirem resolvi experimentar, por uns tempos, os anúncios do google aqui no blog.
Mas já aviso que já estão me enchendo o saco aquelas propagandas idiotas.

Píndaro

















Adquiri recentemente um livro, pela estante virtual, que se tornou desde então o mais velho livro de minha modesta biblioteca; chama-se "Odas de Píndaro". O livro é uma edição espanhola de 1909. Portanto, faz cem anos o danadinho e está em perfeitas condições.
Píndaro foi um poeta lírico grego nascido em 520 a.c. e contava uns 40 anos quando da invasão de Xerxes ao continente europeu. Era tebano, mas teve, em vida, um tal reconhecimento por seu talento com a poesia que os atenienses lhe erigiram uma estátua de bronze e os lacedemônios, quando saquearam Tebas, foi a casa de Píndaro a única respeitada. Também Alexandre, o grande, fez o mesmo mais tarde.
Entre os poetas helenos, é um dos quais a obra nos chegou mais completa: em torno de uma quarta parte que é constituída, basicamente, pelas Odes, que são cantos triunfais em homenagens às diferentes festas pan-helênicas ou jogos como ficaram mais conhecidas.
Divididas em quatro grandes festas: as Olímpicas, na Macedônia; as Píticas, em Delfos, na Fócida; as Nemeas, na Argólida e os Ístmicos, em Corinto.

Ainda estou lendo o livro, que deve ser lido aos poucos. Gostei muito destes versos, que iniciam a sexta nemeia:

Una es de los mortales y los Númenes
La estirpe original;
Una la madre de ambos; mas sepáranos
Fortuna desigual.
Polvo es el hombre: inmóvil en su asiento
De bronce, permanece el firmamento.

Una chispa nos queda (aunque disímiles)
De la Divinidad.
Índole celestial, grandioso el ánimo,
En el hombre admirad,
Si bien camina á tientas á la meta
A que el Hado llevar su pie decreta.


A tradução é de um bispo mexicano: D. Ignacio Montes de Oca.
Há uma tradução em português da Sexta Nemeia aqui.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Lula para o Nobel da paz

03 Abril 2009

Nobel da Paz para Lula

por Bourdoukan

Lula pode ser o próximo ganhador do Nobel da Paz. Quem me confidenciou esta informação foi um embaixador de país árabe sediado em Brasília.

Leia mais no blog da Glória.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Lula

Para salvar o blog.
FHC e o PIG estão agora na cama depois de tomarem um lexotan.

Provérbios gregos