Hendrix é o meu roqueiro preferido. Acho que sua música traduziu como nenhuma outra toda a ambiguidade da contracultura.
A busca polifônica do Apolo e do Dionísio.
Essa música é - no sentido estrito de música - uma representação desse diálogo ambíguo e polifônico. Hendrix, o domador de raios, como dizia a Ana Maria Bahiana, vai tentando apolonizar a Baco em acordes perfeitos maiores, como quem respira vez em quando em meio ao naufrágio e à tempestade.
Essa versão, ao vivo, não é a que gosto mais. Prefiro aquela do disco original, que tem o andamento um pouco mais atrás, mais lenta.
De qualquer forma, é magnífica!
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