quarta-feira, 7 de outubro de 2009
A elite e o Povo
(Gustave Moureau - Prometeu)
Mike Lee, marqueteiro do comitê Rio-16 diz em entrevista ao jornal paulistano Folha de S.Paulo que participação do presidente Lula foi crucial para triunfo da candidatura da cidade carioca como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
É lamentável a posição do repórter tentando fazer com que o entrevistado faça alguma declaração contrária à vitória do Rio para sede das olimpíadas 2016.
Leia aqui, no Vermelho.
Às vezes eu gostaria de que essa revolução que está em curso no Brasil fosse mais dramática, que houvessem mais fatos dignos de serem transcritos em livros e nos romances históricos. É um tanto insosso assistir à triste, lenta e decadente derrota da elite brasileira face ao povo e à história. Uma derrota quase surda. Mas talvez não seja assim tão morna essa mudança e o que nos falta, ou a mim em particular, é um simples afastamento. Um exercício de distanciamento dos fatos, uma reflexão mais abstraída do tempo/espaço em que estamos mergulhados.
O nacionalismo exaltado pode se tornar em crime de lesa-humanidade como na Alemanha nazista, mas nem sempre assim o é. Eu sempre torci muito para que o Brasil saísse de sua condição servil e evoluísse para o que vem se tornando hoje: Um país protagonista da nova ordem mundial. E, seja lá o que isso venha a significar, eu também torço para que seja positivo, para que seja uma coisa boa para a humanidade.
Mas é triste essa gente, que sempre governou o país com desdém pelo povo. Agora ficam torcendo contra. Deve ser muito estranho não se identificar com a língua mátria. Será que quando a gente ganha uma copa eles se regojizam? Talvez nem isso. O que será feito dessa gente, hein?
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