Eis que me sempre volta aquela imagem
Do escafandro e da sombra em hora bela.
Já a sombra se espraia em torno à ela
E em minha alma permanece a imagem.
Havia lá um córrego selvagem,
E os jardins e as rosas, as alamedas
De flores, lembro bem que todas ledas
Perfumavam a lembrança, a miragem.
Lá, na infância, fica aquela porta,
Há o cadeado, o trinco, a maçaneta.
Lá ficou a minha alma como morta.
Procuro um norte, um caminho, a greta
Por onde passe o mito e sua clivagem,
E da Citérea fique a sacanagem.
domingo, 15 de fevereiro de 2009
poema
Tenho andado cansado e sem ideias, melancólico. O feriado já se avizinha solitário e chato. Como é mesmo a vida...tenho até um dinheirinho, o carro novo, saúde; mas tesão nenhum pela vida. Tudo um porre. Aliás, só tomando um porre pra esquecer essa merda toda. Do jeito que ando, bem que Deus podia acontecer de existir e me dar uma forcinha pra sair da bossa. Mas não adianta, não acredito mais em ajudas de Deus.
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Deve ser mal do carnaval... Eu me sinto vazio e estéril também. E olha que estou a milhares de quilômetros da menor das folias...
ResponderExcluirPS: ADOREI o Widget dos provérbios gregos! Vou adotar, se me permite.
ResponderExcluirDiego, o bode já passou. Quanto ao widget, você já deve ter descoberto que há outros. Estou querendo criar um com fragmentos de Safo.
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